Conheci
Adriano Aquino de uma maneira meio torta. Na época do (agora jogado às traças)
Orkut eu andava interessada em comprar uma câmera fotográfica profissional e
sair por aí clicando o Recife. Desde as aulas de fotografia no meu curso de
Jornalismo eu gostava do assunto, mas minha Pentax analógica estava aposentada,
quebrada e não tinha mais conserto. Assim, entrei para uma comunidade de
fotografia pra pegar algumas dicas com o pessoal e recomeçar minha “carreira”
abandonada. O grupo vivia marcando de se encontrar para tirar fotos, mas nunca
rolava. E eu não tinha comprado minha câmera (não comprei até agora;
vergonha!), mas tinha decidido que iria assim mesmo, com uma máquina comum.
Finalmente marcamos de fazer um passeio no Catamarã.
Era
um sábado chuvoso, eu estava decidida a dar o bolo na galera, mas uma amiga
minha tinha visto Adriano no Orkut, achou “interessante” e praticamente me
obrigou a ir (acho que ele não sabia disso; vai ficar sabendo agora kkk). Quem
sou eu pra empatar as amigas, né? Chegando lá, deu tudo errado: da comunidade
toda só Adriano e eu fomos, minha amiga travou, não deu uma palavra com ele e
eu fiquei fazendo a simpática. Choveu o tempo todo, minhas fotos ficaram
horríveis (as dele devem ter ficado ótimas, pra variar) e, na volta, o carro da
minha amiga ainda quebrou, na chuva (não riam!).
Tempos
depois essa minha amiga morreu num acidente de carro (perda irreparável), eu
esqueci temporariamente a ideia da fotografia e saí da comunidade. Porém, como
Recife é um ovo, me aparece Adriano namorando outra amiga minha. Foi quando fui
ver que ele é gente boa e, sobretudo, um artista da luz. Gente, como é que vou
falar das fotos de Adriano Aquino? Melhor mostrar, né?
Não
é só questão de enquadramento, de luz, de foco, velocidade, linguagem. Não sei
o que é. Ele capta a alma das coisas, capta o deslumbramento que a gente só tem
ao vivo. Sabe dar o tom da imagem: introspectivo, bem humorado, qualquer coisa.
As luzes e as sombras, as cores, os tons, tudo é perfeito. Às vezes as imagens
parecem ter sido pintadas em aquarela. Eita, menino danado! Poderia estar na
National Geographic.
As
fotos falam. A gente fica meio pensativa, olhando, olhando... Dá pra criar um
conto a partir de cada uma delas. São mundos imaginários recortados de dentro
do mundo real. Lindo! Lindo!
Quando
eu for comprar minha câmera (eu vou comprar, não riam de novo!) vou pedir umas dicas. :-)
No
site dele http://www.adrianoaquino.com/ tem
material pra embriagar os olhos, ficar bêbado de beleza. E estão disponíveis
para compra. São imagens realmente maravilhosas.
Adriano tem mais que técnica. Ele tem o dom.
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